1 Ser patriota é fugir da realidade?


Certa vez, numa dessas provas, não me recordo agora se era Enem, Saresp, Concurso Público, enfim me fizeram essa interrogação. Desde então passei a refletir no assunto.
Acredito que o sentimento de patriotismo ainda corre nas veias de parte da população brasileira, porém outra parte, maioria, já se acostumou com os problemas sociais e desistiu de defendê-lo.
Durante a construção da identidade brasileira existiram grandes homens que fizeram nossa história, como por exemplo, Gonçalves Dias, que ao ser exilado do país escreveu Canção do Exílio, poema do romantismo brasileiro que exalta a pátria.
Sem mencionar os jovens das décadas de 70, 80 e 90, que marchavam pelas ruas, defendendo os interesses da nação através de movimentos como “Diretas já”, “Caras – Pintadas” entre outros.
A realidade do Brasil hoje é outra. Um país emergente, informações manipuladas, governos manipulados e manipuladores, crianças morrendo com balas perdidas, quando não de overdose, onde pessoas passam fome...
Fruto de uma má distribuição de renda. Apesar de estar entre as dez maiores economias do mundo deixa seu povo padecer na miséria...
Diante desses e outros fatos, já não é orgulho para nós dizer que somos brasileiros, contudo acredito que ser patriota não é fugir da realidade, mas sim acreditar que essa realidade pode ser mudada.

1 O Espaço e a pluralidade de gêneros


O Brasil é o país da diversidade. Da diversidade étnica, cultural, é plural em sua identidade: é o índio, é o afrodescendente, o imigrante, o caiçara, o caipira, o urbano, o sertanejo...Ao lado da história têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de exercerem plenamente sua cidadania. Nesse contexto, quer na perspectiva psicológica ou na antropológica, a construção da identidade autônoma é acompanhada num movimento único, da construção da identidade dos outros. Isso implica o reconhecimento das diferenças e imediatamente a aceitação delas, construindo-se uma relação de respeito e convivência que rejeita toda forma de preconceito, discriminação e exclusão. É o que prevê a política de igualdade, a sensibilização, em primeiro momento, para se posicionar socialmente, para que isso oriente o indivíduo e o repúdio e as formas veladas ou explícitas de injustiça e desrespeito.
Contrapondo-se a isto, a tradição escravocrata, patrimonialista e autoritária no Brasil produziu lamentáveis resultados em matéria de corrupção política e social, desrespeito a ordem constitucional e legal, além de abusos de toda sorte em flagrante violação dos direitos de cidadania.
Desde muito cedo, são transmitidos padrões de comportamento diferenciados para homens e mulheres. No entanto, a adoção dos conceitos corretos de gêneros permite abandonar a explicação da natureza como responsável pelas diferenças existentes entre os comportamentos e lugares sociais ocupados por homens e mulheres. Essa diferença tem privilegiado os homens na medida em que a sociedade não tem oferecido as mesmas oportunidades a ambos, e mesmo com grandes transformações ocorridas nas últimas décadas nos costumes e valores, ainda persistem mesmo que encobertos o preconceito e a discriminação.
A história da mulher dentro da humanidade é expressa por muitas lutas e reivindicações que se iniciaram ainda na antiguidade. As Estruscas, primeiras feministas, a Deusa egípcia Isis, as mulheres romanas que puderam frequentar as escolas, as mulheres medievais que desafiaram a igreja e foram queimadas na fogueira pela inquisição, as mulheres da década de 60 e revolução feminista com o desenvolvimento da pílula anticoncepcional.
Em um século de revoluções, a mulher deixa de ser aquela figura mitológica, heroína de contos e fábulas, tanto que já governou capitanias, participou de movimentos abolicionistas, fundou cidades, guerreou, sofreu, fundou partidos políticos...Se olharmos para trás, ficaremos estarrecidos e emocionados ao vermos a profunda mudança na vida das mulheres. A mulher pela sua força e ousadia batalha pelo que deseja e hoje conquista seu lugar, transpondo obstáculos, rompendo preconceitos, fazendo sua história na sociedade. A constituição diz que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, assegura que não pode haver diferença de salários, em exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo. Entretanto, mesmo amparada por leis, mulheres continuam a sofrer discriminação das mais variadas formas, porém leis como a nº 11.340, denominada Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, vem atender a décadas de mobilização feminista para pôr fim à violência doméstica e a discriminação.
Não se pode negar, porém, que a discriminação ainda se faz evidente quando se ouve piadinhas ou expressões que se relaciona a isto ou aquilo como “coisas de mulher”, sem mencionar que até na linguagem isto se faz presente, pois é comum que tudo relacionado à mulher seja “inho” e ao homem “ão”.
Há evidências da atitude discriminatória inclusive na tentativa de valorizar as partes mais discriminadas, há o dia da mulher, mas não há o dia do homem, há dia do índio, do negro, mas não o do branco. Há cotas nas universidades para o índio, para o negro, mas não para o branco, como se todos os brancos estivessem imunes à pobreza.
Outro fator predominante quanto às mulheres é a gravidez precoce, que já não causa tanta polêmica em nossos dias, como na antiguidade. Entretanto, as mulheres se tornam mães cada vez mais jovem, fazendo com não vivam coerentemente a fase adolescente.
Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são filhas de mães adolescentes. Acontece em todas as classes sociais, mas a incidência é maior e mais grave em populações carentes. Comparando a década de 70, três vezes mais garotas com menos de 15 anos engravidam hoje em dia e a maioria não tem condições financeiras para assumir essa maternidade.
Psicólogos, médicos e pedagogos concordam que a liberação da sexualidade, a desinformação sobre o tema, a desagregação familiar, a urbanização acelerada e a influência dos meios de comunicação são os maiores responsáveis pelo número de gravidez precoce. E o homem, machista em sua tradição, muitas vezes não têm condições de assumir a responsabilidade, às vezes por não estar amadurecido e nem consciente da necessidade do uso do preservativo, deixando a criança sem o respaldo necessário e na maioria das vezes sendo criadas pelos avós. Acredito que falta aos exemplos mais esclarecimento à questão, bem como um alicerce familiar.
Outra questão quanto à diferença de gêneros, é a homossexualidade, que já foi considerada uma perversão e até uma doença.
Em meados dos anos 80, quando o vírus HIV, que provoca a AIDS, foi descoberto, houve discriminação e preconceito aos homossexuais, atribuindo-lhes a responsabilidade pela disseminação do vírus, só mais tarde, quando se constatou que a transmissão também ocorria entre heterossexuais, houve melhora na aceitação e um pequeno vínculo de solidariedade. Assim, a OMS – Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade de sua classificação como doença física ou mental.
Na sociedade atual, muito se fala em defesa dos direitos de minorias, como negros, homossexuais, etc; porém falta respeito às pessoas independente de suas preferências, e que cada um cumpra com seus deveres para com a sociedade. A democracia não é construída apenas com direitos, exige a participação ativa de todos os cidadãos.
Torna-se necessário lutar pela igualdade entre homens e mulheres, condição de cidadania e a construção de uma sociedade democrática e pluralista.
Desigualdade social e discriminação se articulam, no que se convencionou denominar “exclusão social”: impossibilidade de acesso aos bens materiais produzidos pela sociedade, e da participação na gestão coletiva do espaço público, pressupondo a democracia. Na prática, o Brasil não é uma sociedade regida por direitos, mas por privilégios. Os privilégios, por sua vez, assentam-se em discriminações e preconceitos de todo tipo: socioeconômico, étnico e cultural. Em outras palavras, dominação, exploração e exclusão interagem; a discriminação é resultado desse complexo de relações.
Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias são finalidades que envolvem lidar com valores de reconhecimento e respeito mútuo, o que é tarefa para a sociedade como um todo.



3 Não Uso Drogas! E daí?


♫ Eu sempre quis falar nunca tive chance e tudo que eu queria estava fora do meu alcance...♪ (Charlie Brown Jr.)

Cansada de receber rótulos, ouvir questionamentos idiotas e piadinhas do tipo, decidi fazer esta postagem.
Gosto de falar da beleza, da literatura, arte, cinema. Procuro não falar muito sobre mim, uma simples mortal, porém não suporto a ideia de afirmarem e disseminarem fatos da minha vida, cujos quais nunca existiram. Por isso decidi me expor, por um instante.
Não faço apologia ao uso, mas também objurgo quem usa. Tenho certeza de que, quem o faz conhece os efeitos e as consequências e têm seus motivos, embora não seja a melhor saída. Quanto a mim: Moro num bairro menos favorecido sim! Sou pobre sim! Já fui rebelde sim! Para a informação de alguns, ser pobre, morar na periferia não é sinônimo de ser usuário de droga, tampouco é sinônimo de ignorância. Pelo contrário, a droga hoje atinge todas as classes sociais. E os meus únicos vícios são: ler, escrever e fotografar.  Esse jeito espontâneo de falar e brincar é meu! Esse sorriso é meu! Esse jeito de caminhar, dançar e cantar é meu! O nervosismo a flor da pele, é meu! O jeito de gritar é meu! O jeito de chorar é meu! Essas emoções, a adrenalina, são substâncias naturais produzidas pelo meu organismo que se espalham pelo meu corpo. Tenho maturidade suficiente para não depender de nenhuma substância química para regrar minha vida.
Ao contrario de muitos que se dizem da elite, consomem álcool em excesso e saem por aí cometendo absurdos, a minha espontaneidade não depende nem mesmo do álcool
Mas que atire a primeira pedra quem nunca experimentou o álcool e o tabaco.
Acalento o sonho do dia em que a sociedade laviniense raciocinará sobre arte, música, dança, teatro, cinema, literatura, esportes saudáveis e deixará de se preocupar com a vida alheia. E caso se preocupe, não fique de fora, entre no problema e ajude a resolver. Pois no dia que isso acontecer, tenho certeza de que todos viverão melhor.
    
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