Chegamos ao tão esperado ano eleitoral. Alguns políticos passam quatros anos morrendo de saudade de visitar nossas casas, tomar chazinho, falar mal da oposição enquanto deveriam usar seu tempo falando dos seus planos de governo para melhorar a cidade. Enquanto isso, parte significativa dos eleitores aguardam ansiosamente para lavar a roupa suja com candidatos adversários, falar do que foi prometido e não foi cumprido e existem ainda aqueles que não vêem a hora de chegar julho, agosto e setembro, meses que antecedem a eleição, para ganhar uma gorjeta, uma consulta médica, um óculos, uma cesta básica... Enfim, a corrupção existe e eu particularmente, não acredito em nada que possa pôr fim neste ato.
Entretanto, não há nada mais devastador do que o período pós-eleitoral, começando pelos milhares de papéis que ficam espalhados pelas ruas, sem nenhuma serventia, enquanto é pregada a sustentabilidade e discutidas milhares de ações que visam minimizar os efeitos do aquecimento global. Além disso, vizinhos que brigam, familiares que deixam de conversar por conta de política. É difícil, principalmente em municípios pequenos como o nosso onde reina a ignorância, encontrar pessoas que consigam discutir civilizada e democraticamente a questão política.
Para finalizar, o que é ainda mais triste, são os milhões gastos em futilidades como, por exemplo, depois da posse, principalmente se o sucessor for de outro partido, começa um pinta e ‘despinta’ nas praças, nos campos e nos clubes, com a finalidade de dar a sua cara para a cidade. Mas o que a maioria desconhece é que, a cidade não tem que ter a cara do prefeito, tem que ter a cara do povo. Deve haver a manutenção das áreas públicas sim, mas antes disso tem que ter saúde, tem que ter educação e o que é mais gritante na região: a falta de incentivo à cultura e a reforma dos patrimônios públicos culturais!!!
