0 Eu quero tchu


 É bem assim! É a cara dos brasileiros! Enquanto muitos países lutam por seus direitos, os brasileiros assistem de braços cruzados as cachoeiras da corrupção e se divertem com letras de músicas no mínimo sem sentido.
O ano de 2011 foi um marco na história da humanidade, derrubando ditadores como Ben Ali na Túnisia e Hosni Mubarack no Egito, que duravam décadas. Na Grécia e Espanha houve intensas manifestações contra os pacotes de austeridade propostos pelos governos controlados pelos bancos. As ocupações de praça na Espanha, Estados Unidos e diversos outros países questionaram a democracia, e o capitalismo.
Na Líbia, Muammar Kadhafi foi derrubado após uma trajetória de mais de quarenta anos marcada por discórdia, crises e a recusa em promover uma política moderada em relação a Israel e aos EUA.
No Brasil onde reina uma suposta democracia, os casos são outros: É Mensalão, é Cachoeira. Mas, aposto e ganho que nem metade da população que vota sabe de fato o que está acontecendo, não entende como os bilhões desviados afetam seu bolso e não fazem ideia de quem compõe as CPI, chamadas, Comissão Parlamentar de Inquérito que têm como objetivo apurar os casos de corrupção. Não sabem, por exemplo, que o ex-presidente que sofreu impeachment na década de 90 e atual senador do estado do Alagoas, Fernando Collor de Mello integra a comissão que apura o Caso Cachoeira. Ou seja, um corrupto apurando corrupção. No jargão popular diríamos que é “o sujo apurando o caso do mal lavado”. É como disse um colunista da Folha de S. Paulo outro dia, cujo nome me foge: não ficaria admirada se daqui alguns anos o senador Demóstenes Torres fosse indicado para apurar um caso de corrupção. E pelo visto esse índice só tem a crescer, já que ninguém faz nada.
Acredito que está na hora dos brasileiros passarem a dar mais importância a política, cumprir com seus deveres para poder exigir seus direitos e dar valor ao que realmente é necessário. 

2 A nova cultura brasileira


Antigamente as crianças buscavam aprender música clássica, tocar piano, dançar balé, jazz. Os que já não tinham condições financeiras para frequentar escolas de música, aprendiam tocar violão, guaita, sanfona entre outros instrumentos com seus próprios pais.As meninas geralmente participavam do coral da igreja ou da escola e aprendiam bordar, pintar, costurar, cozinhar…
Os anos passaram, o avanço da tecnologia trouxe mudanças significativas na vida dos brasileiros. Os pais já não ensinam os filhos tocarem gaita. As mães já não ensinam as filhas fazer crochê.
A maioria das crianças e adolescentes frequentam a escola por obrigatoriedade e no período oposto esquecem-se da bola, da boneca, pião, carrinhos, cadernos. Agora eles preferem os video-games, o celular, a internet, a TV e o som.
Alguém canta ensinado que rebolation é bom, balança o corpo insunuando gestos sexuais. As crianças assistem, acham o máximo e repetem os movimentos.
Outra pessoa diz que para dançar “créu” tem que ter disposição. Os gestos dessa coreografia vão além, não se trata de insinuação, mas sim do movimento propriamente dito.
Um cara que se diz cantor sertanejo canta “Delícia, delícia, assim você me mata. Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego”. Ele faz sucesso, todo mundo ouve. As crianças dançam, os pais aplaudem.
O apresentador babaca anuncia o primeiro lugar das paradas latinas da Billboard, publicação que detém os direitos do principal medidor de vendagem de singles dos EUA. A platéia aplaude.
Depois todo mundo perguntando: “Ai meu Deus, o que está acontecendo? Por que as crianças estão aflorando a sexualidade tão cedo? Por que tanta pedofilia? Por que tantos casos de estupro? Por que as mulheres são tão desvalorizadas?
Resposta simples: porque não se valorizam.
No caso das crianças, obviamente elas não têm culpa de serem abusadas, nem mesmo de provocarem estímulo sexual aos olhos dos “descontrolados”. Também não têm culpa de aprender tanta porcaria, afinal elas nascem originais, como diria Millor Fernandes. A culpa é dos pais que não sabem filtrar e controlar os conteúdos cujos filhos têm acesso.   
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