O voto pode ser
entendido como manifestação de
vontade ou preferência popular. Em 1985, após o movimento ‘Diretas Já’, quando
milhares de jovens foram às ruas e exigiram seus direitos, o brasileiro pôde
voltar a eleger um representante democraticamente, num marco histórico
conhecido como o fim da ditadura militar.
Anos depois o movimento ‘Caras Pintadas’ colaborou para que um
dos presidentes mais corruptos da história do país sofresse impeachment.
Dentro de aproximadamente
um mês, cerca de 140 milhões de brasileiros estarão frente às urnas para
decidir o futuro dos 5.574, elegendo seus representantes nos poderes Legislativo
e Executivo.
Secreto e democrático,
o voto é uma arma que pode mudar a vida de milhares de pessoas e, por isso,
precisa ser usado de forma consciente.
Votar num candidato
porque ele é parente, vizinho, amigo da família ou porque prometeu um emprego
ou algum tipo de benefício caso seja eleito é a prova de que o cidadão não está
preparado para escolher um representante para o povo, uma vez que o termo eleição
não diz respeito ao bem individual. Votar consciente é pensar no bem da
coletividade.
Aceitar pressão,
suborno ou qualquer fato semelhante é sinônimo de covardia e despreparo, já que
teoricamente o coronealismo está extinto. O cidadão é livre para votar em quem
decidir.
Anular o voto ou votar
em branco, ao contrário do que muitos pensam, não é uma forma de protestar e
sim desperdiçar a chance de exercer seu direito de cidadania. Quem não vota não
tem direito de cobrar futuramente.
Falando em protesto,
votar em candidatos engraçados, sem conhecimento político e sem competência
para resolver ou elaborar soluções para os problemas sociais que afligem o
município pode significar que o eleitor está votando num laranja, ou seja,
votando para protestar, pode colaborar para a eleição de um corrupto, pois na
contagem dos votos no caso de candidatos a vereador e deputados é usada a
legenda. Recentemente a eleição de
Tiririca como o Deputado Federal mais votado em 2010 exemplifica essa situação,
puxando pela legenda candidatos com passado duvidoso.
Fazer campanha baseada
em agredir o adversário, pode significar que o candidato não tem propostas de
governo e preenche seu tempo atacando a oposição.
Acompanhar jornais,
noticiários, debates, comícios pode ajudar na hora da decisão consciente. Outro
método que pode ajudar o eleitor a conhecer mais o candidato é pesquisar sobre
sua vida social e política, o que ele já fez pelo povo mesmo antes de sua campanha
eleitoral, ainda que pela primeira vez.
Outra ferramenta que
pode ser bastante pesquisada é a Lei da Transparência que entrou em vigor
recentemente. O eleitor pode analisar entre outras coisas se o salário que seu
candidato recebe condiz com a vida que leva. Se não, é um motivo para
desconfiar.
A Lei da Ficha Limpa
também veio de encontro a décadas de mobilização e insatisfação da sociedade
diante de políticos corruptos. Lembre-se: votar é designar quem irá governar o
dinheiro público, por isso cidadão consciente vota, mas analisa primeiro. Se é
analisamos com rigor candidatos a vagas de trabalho para as nossas casas e
empresas, porque não analisar que vai comandar nosso dinheiro pelos próximos 4
anos?
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